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História O Meu Verdadeiro Eu - One-shot


Escrita por: Pikenna

Notas do Autor


Bem gente, essa é mais uma fanfic para um concurso, dessa vez o Concurso proporcionado pelo site. Minhas homenagens a essa saga maravilhosa que é a do Harry Potter, escrita pela autora fantástica J.K. Rowling.

Espero que gostem, escrevi duas fanfics, mas acabei escolhendo essa com ajuda de três pessoas que amo muito.

[b]Disclaimer:[/b] Os personagens de Harry Potter não me pertencem, créditos a J.K Rowling. Se fossem meus, a saga jamais acabaria.

Obrigada J.K. por me proporcionar essa grande felicidade, se hoje eu gosto de ler é devido a Harry Potter, um dos primeiros livros que li.

Capítulo 1 - One-shot


O Meu Verdadeiro Eu

 

Por Pikenna

 

One-shot

 

"Todos temos o bem e o mal dentro de si, mas o que realmente importa não são as semelhanças e sim as diferenças." (Harry Potter e a Ordem da Fênix)



“Eu matei Sirius Black...” Essa frase ecoava pela minha mente, me levando a lembranças que eu queria esquecer, que eu desejava mais que tudo apagar de minha memória. Sirius... Meu padrinho, a única pessoa próxima a mim que eu amava, que poderia dar-me um pouco mais de felicidade, que poderia me livrar dos Dursleys, se foi. Bellatrix Lestrange matou meu padrinho, deixando seu último sorriso marcado em minha mente.

Eu queria tanto dá-la o mesmo destino, desejava tanto torturá-la, apenas para que ela sentisse o mesmo que eu estou sentido no momento, dor, sofrimento, ódio. Minha cicatriz queimava e eu não conseguia dormir. Uma voz esquisita sussurrava dentro de mim palavras estranhas, as quais eu não conseguia entender. Aos poucos foram se tornando fortes, audíveis e aliciantes.

“Eu sei que você a quer, por que então se contém? Vá atrás dela, eu posso lhe mostrar o caminho, venha. Ela o está esperando, ansiosa por seu ódio, alimente-o e venha.” Eu queria ir, queria muito, mas algo dentro de mim me impedia de tentar isto. Apenas me levantei e caminhei para fora da barraca, olhando para o imenso céu, cuja negritude se fazia completa, afinal, era lua nova.

Suspirei cansado, a voz ainda ecoava pela minha mente, tentando me influenciar, compelindo-me a fazer o errado. Minha consciência ainda se encontrava sã, colocando um pouco de juízo em mim. O meu ódio só aumentava a medida que eu lembrava dos últimos acontecimentos desde a morte dos meus pais até o assassinato de Dumbledore. Todos próximos a mim e que eu amava me deixaram nesse mundo cruel e frio.

“Você quer, não lute contra sua vontade. Ela merece, ela matou Sirius Black. Torture-a e a veja cair em seus pés, os gritos de dor sendo abafados por suas gargalhadas de vingança mesclada com contentamento... Venha até mim Harry Potter.” Eu queria ir, muito. Talvez eu devesse mesmo me encontrar com Bellatrix e resolver esse assunto de uma vez. Eu precisava me vingar...

Havia uma poça de água próxima a mim e sem pensar muito, avancei até ela, olhando para a mesma. Ao invés de ver o meu próprio reflexo, eu vi a imagem de Voldemort refletida na água límpida. Fechei meus olhos, esfregando-os com os dedos. Voltei a olhar novamente e o reflexo de Voldemort ainda permanecia ali.

Por quê? Por que não estou vendo a mim? O que isso significa? Eu não sou como ele, não sou igual a ele. Será que Voldemort está tentando me dominar por meio de minha mente novamente, como fez no quinto ano, naquela luta no ministério? Não, outra vez não. “Saia da minha mente, saia!” Gritei, ajoelhando-me perante a poça, tentando dissipar qualquer imagem daquela criatura diabólica e desprovida de quaisquer sentimentos de minha mente.

Eu não sou igual a você, eu sou muito diferente, eu tenho amigos, eu tenho pessoas que me amam... “Mas você quer se vingar, está permitindo que o ódio te preencha. Eu posso sentir Harry, é o seu desejo de matar aqueles que lhe feriram que o move. Você é como eu...” A voz insistia em me atormentar, em levar-me para a escuridão, para um caminho sem volta. Mas eu resistiria, sou forte não sou? “NÃO!” Gritei mais uma vez.

Subitamente escuto vozes exteriores, chamando-me. Eu precisava vencê-lo mais uma vez, eu não era como ele. “Harry! Harry!” A voz ficava mais próxima, conseguia escutá-la, era feminina, então deduzi que fosse de Hermione. Minha cabeça latejava muito, a cicatriz queimava intensamente. Era uma dor imensa, eu não estava suportando. Torturava-me, Sirius, Dumbledore, pais...

“Eu não sou como você!” Pronunciei, levantando-me e abraçando Hermione. Não enxergava nada a minha frente, minhas vistas estavam turvas, eu estava caindo na escuridão, uma escuridão vazia, sem ninguém, nem mesmo Voldemort. Fui mais forte que ele e o expulsei de dentro de mim. Sou Harry Potter, sou o que sou, movido pela esperança de um mundo melhor.

Bellatrix terá o que ela merece, mas em Azkaban. Vingança não leva ninguém a lugar algum, eu compreendi isso há muito tempo. Eu sei, eu podia sentir, havia ódio fluindo pelas minhas veias, mas não era tão grande que pudesse matar o enorme amor que eu possuía pelos meus amigos, pela minha família, por aqueles que depositaram suas esperanças em mim.

Sempre me considerei fraco e sortudo, ajudado pelo destino a sobreviver perante os perigos que apareceram na minha frente. Eu nunca fui nada em especial, escondido atrás de meus medos. Nem sei ao certo como cheguei aqui, como ainda estou vivo. É, talvez eu deva agradecer depois aos meus amigos por sempre estarem comigo, me socorrendo. Se não fosse por eles...

Sou conhecido mundialmente por minha cicatriz inútil estampada em minha testa, nada mais que isso. Não sou Harry Potter, o inteligente e, sim, Harry Potter, o menino que sobreviveu ou o eleito. Às vezes isso é tão frustrante, simplesmente porque esses codinomes dão uma esperança falsa e morta à pessoas que esperam muito de mim, mais do que posso oferecer.

Algumas vezes fico me questionando, perguntando a mim se eu sou capaz de vencer Voldemort. E se eu morrer? É, eu tenho medo da morte. Não quero enganar ninguém, não desejo colocar meus amigos em perigo, eu só almejo viver em paz, feliz, despreocupado... E eu continuava a cair pela escuridão sem fim...

Quando isso acabará? Quando? Por que eu? Eu nunca pedi para me tornar um herói... Aliás, eu nem sou... Não em minha mente. Subitamente, senti meus pés tocarem algo sólido e frio, procurei ao meu redor por alguém, mas só havia escuridão. Então eu vi ao longe um pontinho branco, uma luz brilhante. Corri até ela, uma calmaria estranha me abraçando. Escutei uma voz doce e melódica cantando uma música, parecia um acalanto. Que canção bela!

Assim que me aproximei da luz, vi nada mais, nada menos, que minha mãe. Ela sorria para mim, abriu os braços, convidando-me a abraçá-la e sem pensar, eu o fiz. Senti-me tão protegido... Ela continuava a melodia e eu apenas deixava algumas lágrimas escorrerem fartas pelo meu rosto. Eu sentia tanta a falta dela... Mãe...

“Eu o amo muito Harry e confio em você, é capaz de vencer essa guerra, acredite. Não tenha medo de nada, estarei sempre contigo, eu e seu pai. Não se preocupe com nada, apenas confie em você mesmo. Vá, salve o mundo...” E sem que eu pudesse dizer qualquer palavra, minha mãe desapareceu sob meus olhos. Eu me abrecei, almejando que ela voltasse.

Cai de joelhos no chão, chorando feio uma criança quando se perde dos pais. Mãe... Volte... Eu pensava, chamando-a, entretanto, eu sabia que ela não voltaria, havia partido... E eu precisava retornar também, meus amigos devem estar preocupados comigo, esperando que eu acorde. “Eu acredito em mim mãe, obrigado, te amo muito.” Pensei e com isso, semelhante a uma rajada forte de vento, fui lançado com brutalidade para cima, subindo e subindo cada vez mais, até que...

Abri meus olhos, a claridade invandindo-os, me deixando cego por alguns poucos segundos. Subitamente sinto um corpo me apertando em seu forte abraço. “Hermione, está me sufocando.” Falei e ela imediatamente se afastou de mim, pedindo desculpas e me entregando meus óculos para que eu pudesse ver com mais clareza. Eu os coloquei e vi uma Hermione chorosa e um Ronald aliviado, ambos olhando para mim, buscando respostas.

“Não se preocupem, estou bem, passou.” Disse, tentando convencê-los, mas sei que seria interrogado mais tarde. “Harry, não faça mais isso, quer nos matar de preocupação?” Hermione indagou, fechando a cara para mim. Eu dei de ombros e Ron riu, resultando em uma Granger mais furiosa ainda.

Isso é o que importa para mim no momento, meus amigos. Hermione ralhou com Ronald e eu ri dos dois. Gosto disso, me sinto bem ao lado deles, me sinto eu mesmo, o Harry sem qualquer codinome especial que me faça um grande herói. Sou apenas eu, um bruxo adolescente, buscando salvar o mundo das trevas governado pelo bruxo mais poderoso já existente, Voldemort.

Apesar de ainda estar com certo receio e medo, eu continuaria seguindo em frente, porque nós dois éramos diferentes e eu provaria isso para ele, vencendo-o no fim. Eu tinha amigos verdadeiros ao meu lado, dispostos a me ajudar nessa batalha árdua e eu confiava plenamente neles. Além disso, em qualquer lugar que minha mãe esteja, ela se encontrava comigo, seguindo ao meu lado para me proteger e me dar forças.

Para mim, no momento, isso tudo bastava. E no fim, eu só queria sorrir novamente com meus amigos, dando boas gargalhadas e vivendo a vida intensamente, como deve ser. Cuidado Voldemort, Harry Potter está indo ao seu encontro, mas dessa vez, não é porque você quer, e sim, porque é o meu desejo...


Notas Finais


Gostaram? Então comentem, aceito críticas, mas construtivas, destrutivas como sempre serão ignoradas. ;D

Pikenna


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